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Conheça o Nomad Place na Serra da Mantiqueira 

Nova hospedagem em São Bento do Sapucaí une duas tendências mundiais que primam pela simplicidade e conexão com a natureza, sem perder o conforto.

por Beta Germano

Duas tendências de hospedagem e moradia mundiais reunidas num único lugar na Serra da Mantiqueira: quem visitar o NOMAD PLACE pode se hospedar numa Tiny House ou vivenciar a experiência chamada Glamping (uma combinação de "glamoroso" e "camping"), se optar para dormir numa das estruturas geodésicas. Ambas opções seguem a mesma premissa: oferecer uma hospedagem mais simples, porém super confortável e com detalhes luxuosos na medida. 

Uma Tiny House geralmente é uma casa de até 40 m², feita com construção modular. São espaços pequenos, porém muito inteligentes para atender todas as necessidades da vida contemporânea - seja ela na cidade ou no campo.  É sobre viver sem exageros, mas sem perrengue também. Outra característica importante é que elas são construídas com responsabilidade socioambiental: economia de recursos, reaproveitamento de espaços e conexão com o entorno, agredindo-o o mínimo possível. 

As primeiras concepções ligadas ao movimento das Tiny Houses surgiram ainda na década de 1970 quando o artista Allan Wexler começou a refletir sobre as possibilidades de viver em espaços compactos. Outros pioneiros são Lloyd Kahn, autor de Shelter (1973), e Lester Walker, autor de Tiny Houses (1987). Mas a mudança para as micro-casas ganhou ainda mais força a partir de 2008, nos Estados Unidos, com a crise econômica que assolou o país e deixou muitos sem moradia -  trata-se de uma solução barata não só pelo tamanho, mas porque elas podem ser construídas sobre rodas, o que desvincula a residência da posse de um terreno. Desde então, o conceito se disseminou rápido e ganhou muitos adeptos em países como Canadá e Austrália.  

Mas a filosofia vai muito além de viver em pequenas habitações para economizar ou por falta de espaço. A  ideia é viver com o mínimo possível, de forma consciente e integrada com a natureza, mas sem perder o conforto. 

Esta possibilidade de hospedagem, no Brasil, foi muito bem executada pelo engenheiro mecânico Halmer Marques, que comprou um terreno em São Bento do Sapucaí, num ponto perfeito para ver o sol se pôr maravilhosamente atrás da Serra Mantiqueira. "Sempre pedalei pela região e, em 2019, comprei este terreno de 50 mil metros quadrados para fazer uma pousada", revela Halmer que sempre viajou muito pelo exterior com a mulher, Simone Marques, onde observou cada detalhe de hotelaria que o fazia se sentir à vontade e, ao mesmo tempo, especial. "Sempre viajamos muito pelo Brasil também e notamos que quase não existem opções que abraçassem um meio termo. Ou você vai para um hotel de extremo luxo ou para uma pousadinha que não tem uma boa estrutura ou serviço",  revela. 

Com vontade de criar um tipo de hospedagem aconchegante e cômoda, mas sem ostentação,  Halmer mergulhou no mundo das Tiny Houses. Como o movimento ainda não está consolidado no Brasil e poucos já se aventuraram no processo, ele devorou livros e vídeos de youtube sobre o assunto e começou a construção da primeira casinha do Nomad Place em janeiro de 2020. Ela ficou pronta em junho do mesmo ano e estourou no Airbnb. Em janeiro de 2021 ele construiu a segunda pequena cabana e hoje conta com 7 opções de hospedagem, sendo duas cabanas, uma tiny house pré-fabricada, e quatro geodésicas - com a qual ele assume outra "tendência" mundial: acampar com glamour! Quer dizer: nada de saco de dormir, banho do lado de fora ou cozinhar num fogareiro instável. Aqui você tem uma cama deliciosa, banheiro privado com água quentinha (e uma banheira ao ar livre!) e uma cozinha equipada. Bem diferente das lembranças da adolescência!  Até o final de novembro, ele irá finalizar, ainda, uma casa na árvore! 

Diferentemente de outras experiências que tivemos no Brasil ( incluindo supostos hotéis de luxo!),  o diferencial do Nomad Place é que Halmer pensou em absolutamente todos os detalhes para a sua hospedagem ficar agradável - sem grandes esforços, com muita atenção e praticidade.   "A ideia é que a pessoa se sinta em sua própria casa de campo. Nada podia faltar. Portanto, resgatei particularidades e experiências de cada hotel que a gente visitou e arrumei a casa como se fosse minha. Por exemplo, eu amo cozinhar e por isso quis montar uma cozinha completa para conseguir preparar todos os pratos que eu gosto", explica. De fato, tudo faz você querer ficar lá para sempre: a cozinha completíssima, o sofá confortável, a caixa de som no lugar certo, a lareira...e a vista, é claro. O esquema funciona perfeitamente, mas sem alarde. Hoje Halmer tem 11 funcionários trabalhando por 24 horas para deixar tudo em ordem entre a chegada e saída de tantos hóspedes - o fluxo é intenso e só tem reserva disponível para daqui 2 meses. Como o terreno é um tanto afastado da cidade, ele colocou um mini empório onde é possível comprar itens básicos que você pode ter esquecido, como uma escova de dentes,  ou ingredientes para as convidativas refeições na serra: fondue, massa, churrasco ou marshmallow para a fogueira. Além disso, ele fez algumas parcerias para oferecer café, chá, cerveja, azeite, geleia e amenities produzidos na região. 

O esquema é igual a qualquer outro Airbnb, mas Halmer garante alguns pequenos agrados para quem gosta de serviços de hotel: você pode pedir uma cesta de café da manhã, solicitar uma massagem ou agendar passeios de quadriciclo pela região. É possível, ainda, fazer uma trilha até a cachoeira privada. No cabideiro, você vai encontrar uma mochila, uma capa de chuva e garrafa para carregar sua água. A conquista está no detalhe. 

Fotos

por Bruno Simões e divulgação

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